WASHINGTON EPAMINONDAS MEDEIROS BARRA (1946-2015)

Mortes: Foi lendário promotor do Ministério Público

GUILHERME MAGALHÃES

DE SÃO PAULO
Durante os cinco mandatos em que foi presidente da APMP (Associação Paulista do Ministério Público), Washington Epaminondas Medeiros Barra –o Barra, como era conhecido– fez jus à fama de “lenda” da instituição.
“O problema do colega era o problema dele”, conta o amigo e também promotor Roberto Livianu. A associação, espécie de sindicato da categoria, demandou de Barra viagens e diálogos com a classe. Tratava de questões como remuneração, plano de saúde e colônia de férias.
Solteiro e filho único, dedicou a vida ao Ministério Público, no qual ingressou em 1978, aos 32 anos. Formou-se cinco anos antes, na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Foi ainda promotor no Paraná, onde cultivou grande amizade com a promotora Maria Tereza Willy Gomes, a quem considerava uma irmã.
Filho único de um delegado e de uma costureira em São José do Rio Preto (a 438 km da capital paulista), herdou do pai o gosto pela Justiça.
Especialista na área cível, trabalhou na aplicação da lei do pezinho, que tornou o exame obrigatório em recém-nascidos a partir dos anos 90.
Momentos antes de entrar em coma induzido, lia as plataformas dos candidatos a procurador-geral da República, cuja eleição ocorreu na semana passada, lembra Livianu. Nas horas vagas, adorava ouvir clássicos de Nelson Gonçalves e Jamelão.
Morreu no dia 6, aos 68, de câncer. Solteiro, não deixa filhos, mas deixa órfã a família do Ministério Público brasileiro. A missa de sétimo dia será rezada no dia 12, às 20h, na paróquia São Luís Gonzaga, na av. Paulista.
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