A moralização e reforma dos tribunais de contas estão entre as principais medidas para o combate à corrupção no país. A atual forma de nomeação política de conselheiros e ministros acarreta numa composição sem qualificação técnica ou, até mesmo, de reputação e idoneidade duvidosas.
Júlio Marcelo Oliveira, presidente da AMPCON e diretor do MPD, diz que o atual sistema de indicações fragiliza os tribunais de contas que deveriam ser a primeira trincheira da sociedade contra ilegalidades na administração pública. O procurador do MPC junto ao TCU defendeu, em recente palestra no Fórum de Direito Financeiro da USP Direito, uma reforma dos tribunais de contas feita dentro da legislação e por mudança constitucional.
Para ele, nenhuma reforma política ou partidária surtirá frutos positivos enquanto não houver completa reforma dos tribunais de contas que assegure independência e autonomia da instituição.