A inclusão dos promotores na candidatura à PJG aumentaria a oportunidade para que um número maior de mulheres participasse do processo. “A chance poderia ser de 25% de conseguirmos eleger uma representante do sexo feminino para o cargo”, disse Maria Gabriela Prado Manssur, promotora de Justiça MP-SP do Gevid e diretora da Mulher da APMP, que presidiu o segundo painel do evento.

Uma das convidadas, Ivana Farina Navarrete Pena, procuradora de Justiça e secretária de direitos humanos e defesa coletiva do Conselho Nacional do MP, defendeu que a ampliação da democracia seria importante para combater a discriminação, que ainda existe na instituição, por questões de gênero e raça. “Temos de fortalecer as lideranças. A integridade e a ética devem prevalecer. A restrição imposta ao MP-SP, o maior do país, é um problema para a instituição. “Se ao MP cabe lutar pela igualdade de gênero, raça e de todos perante a lei, é fundamental que isso seja feito internamente”, afirmou a procuradora.

Primeira mulher a assumir a Procuradoria-Geral de Justiça do estado do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, membro do Conselho Nacional de Justiça, também mencionou a importância de as mulheres ampliarem sua participação nessas instituições de forma equitativa. “O olhar feminino deve contribuir ainda mais e a atuação maior do público feminino é uma questão de tempo”.