O professor e mestre em Direito das Relações Sociais, com ênfase em Processo Penal, foi promotor e procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo e preside o Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), Ricardo Prado Pires de Campo, escreveu um artigo para o Congresso em Foco, publicado na segunda-feira (03), intitulado “Pobreza: Na natureza, não”.

Leia abaixo um trecho do artigo:

Por quais razões ainda existe pobreza se a Natureza é tão rica?
Nossas necessidades não são apenas materiais, mas também imateriais, consumimos bens etéreos como cultura, conhecimento (educação), saúde (mescla de bens materiais e imateriais), e até bens dito espirituais como religião, paz (meditação, contemplação) e outras crenças.

Ainda assim, temos uma grande parcela da população desprovida do básico, seja de bens materiais, seja em cultura.

Na época das Monarquias Absolutistas, em pleno século XVIII, Rousseau vinculou à riqueza a propriedade das terras. Num mundo predominantemente agrário, isso fazia sentido.

Com o advento da Revolução Industrial, a riqueza passou a ser gerada nas fábricas, e Marx apoiou seu teoria econômica na ideia de que a riqueza estava na posse dos meios de produção. Não se restringia apenas às terras, mas também às fábricas.

Na atualidade, na dita sociedade do conhecimento, a riqueza já não depende mais da propriedade das terras ou da posse de máquinas e equipamentos que integram as fábricas. A riqueza depende do conhecimento.
Muita gente não enxerga valor no conhecimento; mas a prova mais cabal dessa nova realidade é que as maiores empresas em valor de mercado, no mundo, são as empresas voltadas à comunicação e ao comércio eletrônico: Apple, Google, Microsoft e Amazon, possuem valor de mercado na ordem de trilhão de dólares.

Valem muito mais que as terras e os castelos dos Reis, valem mais que as fiações, tecelagens e siderúrgicas da época industrial, e estão hoje nos aplicativos ou celulares nas mãos dos consumidores do mundo inteiro (ou quase, mas a caminho)”.

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