“São conhecidos os problemas de relacionamento entre as duas polícias. Não é raro que as cúpulas das duas instituições divirjam publicamente e responsabilizem a “coirmã” por falhas do sistema de segurança. A existência de duplo comando e a tênue distinção entre as funções de cada uma das instituições constituem duro desafio a secretários de segurança dos estados. Não por acaso, muitos especialistas em segurança pública propõem a unificação das polícias.

A matéria é extremamente polêmica.

Hoje, com a chamada bancada da bala no Congresso Nacional, não vejo a menor possibilidade de consenso na questão. Sempre que se fala em unificação das polícias há resistências corporativas e, equivocadamente, a meu ver, se diz que a unificação necessariamente enfraquecerá o combate à criminalidade.

Sendo realista, não há a menor possibilidade de o tema merecer a discussão da classe política, pelo que cabe discussão sobre a qualidade e eficiência do aparelho repressivo do Estado como um todo.

Duas recentes operações chamam a atenção e demonstram que há mais convergências na atuação das duas polícias do que diferenças”.

Mário de Magalhães Papaterra Limongi, é procurador de Justiça e diretor do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), publicou na coluna MP e Democracia em O Estado de S. Paulo, no dia 02 de dezembro, o artigo intitulado “Unificação das Polícias: uma solução?”.

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