“Não bastasse a pandemia causadora de milhares de mortes, nosso país apresentou neste ano inúmeros retrocessos.

As queimadas na Amazônia bateram recorde. Nosso índice de democracia piorou.

A transparência nos negócios públicos começa a dar lugar a opacidade. Até orçamento secreto inventaram, mesmo que parcial, é uma afronta à Constituição da República.

O desrespeito ao trabalho da imprensa é estimulado por quem exerce o poder.

A demarcação das terras indígenas não avança, mas a invasão de seu território para mineração cresce a olhos vistos. O Rio Madeira já apresenta sinais de contaminação por mercúrio, segundo noticia a imprensa.
O desemprego encontra-se em níveis altíssimos desde o início da pandemia, enquanto a inflação não para de subir.

Para segurar a inflação, o Banco Central eleva os juros e joga mais água fria numa economia que não decola, salvo poucas exceções.

A dívida pública interna já está em patamar preocupante e o aumento dos juros coloca mais óleo na fogueira”.

Ricardo Prado Pires de Campos é professor e mestre em Direito das Relações Sociais, com ênfase em Processo Penal, foi promotor e procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo, e atualmente preside o Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), publicou na coluna MP e Democracia em O Estado de S. Paulo, no dia 30 de dezembro, o artigo intitulado “Um ano para esquecer”.

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