A regulamentação dos mandatos coletivos será um dos desafios do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD) para suprir as lacunas da lei eleitoral. A nova modalidade, exercida a partir de acordo informal entre o parlamentar eleito e um grupo que o apoia, contará com cinco candidaturas na próxima legislatura.

“Tenho a impressão de que nesse painel está surgindo uma ideia importantíssima para nós do MPD. Podemos propor um caminho para que esses mandatos deixem de se instrumentalizar através de favores, de gambiarras, e sejam juridicamente possíveis. Isso é democracia. É cumprir o nosso papel”, declarou o diretor de Comunicação e Relações Institucionais do MPD, Roberto Livianu, no encerramento do Hard Talk “Crise de Representatividade Política”, do 6° Congresso Nacional da entidade.

Voto facultativo, recall de mandatos e candidatura avulsa também mereceram análise no evento. Participantes identificaram mudanças já em curso. “Será que o voto facultativo já não é realidade hoje? Abstenção, votos brancos e nulos atingiram 27,33% dos votos na última eleição, ou 8 milhões a mais do que o segundo colocado”, constatou o promotor de Justiça do MPSP e diretor APMP, Paulo Penteado.