No dia 7 de setembro, o bolsonarismo nas PMs acendeu alerta para ações antidemocráticas pelo Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado nesta semana, o ano de 2021 revela aumento de adesão das Polícias Militares ao bolsonarismo. O número de profissionais das forças de segurança pública interagindo em ambientes radicais de apoio ao Chefe do Executivo cresceu 24%.
Em entrevista ao portal de notícias IG, Ricardo Prado, ex- promotor de Justiça, professor de Direito Penal e presidente do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), lembra que a Constituição assegura a liberdade de consciência e de crença, todavia, “estabelece que configura crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”.
“Militares e policiais não são cidadãos comuns, eles exercem a importante função de garantir a segurança
pública e, exatamente por isso, possuem limitações inerentes a seus cargos. Não podem fazer greve, nem exercer atividade política (para isso precisam se afastar das funções). Os policiais e militares que se envolverem em ações ilegais contra o Estado são passíveis de demissão do serviço público. Espero que todos cumpram a lei e evitem problemas para si mesmos”, explica Prado.
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