O presidente da República desde sempre afirma categoricamente que em seu governo não há corrupção. No entanto, seu Ministro da Educação até outro dia acaba de ser preso preventivamente pela Polícia Federal.

E mais, o – Índice de Capacidade de Combate à Corrupção na América Latina (liderado por Uruguai, Costa Rica e Chile), que acaba de ser divulgado, coloca o Brasil na posição 10 de um total de 15 países analisados, com viés de queda.

Em 2022, caímos da sexta para a décima posição no ranking, elaborado pela Americas Society/Council of The Americas com a Control Risks. Um dos poucos aspectos positivos destacados no relatório foi a manutenção da independência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “apesar da escalada nas críticas públicas feitas a eles pelo presidente Jair Bolsonaro”. “Mesmo com a polarização política em alta, a pontuação do Brasil na categoria sociedade civil e mídia permaneceu estável.

A pesquisa é realizada desde 2019 e nos coloca em vergonhosa posição no continente, atrás de países como Equador, Panamá, Peru e República Dominicana, sem solidez democrática ou pujança econômica, lembrando que temos a 12.a economia do mundo e queremos ingressar na OCDE. O anúncio coincide com a publicização da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e de pastores envolvidos em escândalo relacionado à liberação de verbas naquela pasta.

Roberto Livianu, Procurador de Justiça em SP, doutor em Direito pela USP, diretor de comunicação e relações institucionais do MPD, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção e comentarista do Jornal da Cultura, publicou na coluna MP e Democracia em O Estado de S. Paulo, no dia 23 de junho, o artigo intitulado “Lá vem o Brasil, descendo a ladeira”.

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