Recorrer ao mandado de segurança para ter direito de concorrer à PGJ, caso a lei do estado ainda não tenho mudado. Foi o defendeu o ex-procurador de Justiça do MP-SC e membro do Conselho Superior do Ministério Público, Gercino Gerson Gomes Neto. Ao participar do terceiro painel, o ex-procurador disse que é preciso ousadia e coragem para romper com esses círculos, já que se trata de uma medida inconstitucional.

Ele revelou a luta da categoria em seu estado Santa Catarina, que se caracteriza pelo conservadorismo e pela aristocracia. “Comecei sozinho a batalha e entrei com um mandado para poder concorrer ao cargo”, contou Gomes Neto. Em sua batalha, ele enfrentou críticas e ainda sofre perseguições em virtude de seu posicionamento. “Somos iguais. A PGJ é um cargo político”, ressaltou.

Para a promotora de Minas Gerais, Daniela Campos de Abreu Serra, a baixa representatividade da mulher em todas as instâncias da instituição é uma questão a ser considerada. Outro ponto é a isenção quanto a posicionamentos políticos na atuação. “Temos de ter clareza da relevância da nossa missão independentemente de outras questões”.

Representante de um dos estados que ainda não aderiu ao processo democrático, o promotor de Tocantins, Luciano César Casaroti, lamentou que o projeto de lei ainda não tenha saído da CCJ da Assembleia local. “Temos um abaixo-assinado com apoio de 95% da classe. O discurso de igualdade na prática não funciona”.